Presença é compromisso, não é só corpo no espaço. PED2025


Presença é compromisso, não é só corpo no espaço.

Enquanto alguns se reúnem para celebrar o lançamento de candidaturas importantes do nosso partido, e por sinal, ambas acontecendo hoje, quase no mesmo horário, praticamente no mesmo bairro, eu estou aqui, no meu canto, escrevendo essas palavras com o coração em silêncio, mas em plena sintonia com a luta.

Não é desculpa por não estar presente fisicamente. Se eu quisesse, era só chamar um mototáxi e, em cinco minutos, eu chegava. Mas eu aprendi que presença não é só o corpo no espaço, é também o sentimento verdadeiro, o compromisso contínuo e a coerência com a própria história.

Eu, pra sair de casa, é um evento! Se fosse um ato público, uma reunião, uma assembleia… aí a situação era outra. Aí é trincheira de luta, e eu sei bem o meu lugar. Mas essas festas badaladas de lançamento, com todo respeito, nunca foram muito a minha praia, nem quando eu era novinho, imagina agora, aos sessenta. Não me vejo nessa vibe.

Faço política com o coração. E foi o coração, ferido mas firme, que me guiou até aqui. Porque a vida me ensinou, muitas vezes com dureza, que nem todo sorriso é afeto, nem toda promessa é cuidado. Já caminhei lado a lado com quem me estendeu a mão num dia e virou o rosto no outro. Já produzi, construí, ajudei, sem esperar aplausos, mas recebi o silêncio como resposta. E foi nesse silêncio que amadureci.

Houve um tempo em que a política me tirou o chão. Literalmente. Perdi trabalho, perdi dignidade de coisas básicas. Mas não perdi minha essência, a de militante. Aquele que, mesmo caído na beira da estrada, levanta, sacode a poeira e segue gritando palavra de ordem, nem que seja só pra si mesmo.

E foi com esse espírito que escolhi o meu lado nesta disputa. Não por conveniência, mas por coerência. A liderança que decidi acompanhar me passou serenidade, conhecimento e preparo. Uma figura madura, tecnicamente qualificada, com uma visão estratégica que me impressionou pela tranquilidade e firmeza. Do tipo que une sem aparecer, e avança sem alarde. É esse o tipo de liderança que pode e deve unir para avançar um partido que, hoje, está visivelmente partido.

“Não sei por onde vou, não sei para onde vou, sei que não vou por aí.”
Talvez por isso, eu siga aqui, inventando minha própria trilha, mesmo quando a estrada parece deserta.

Meu voto é de confiança. É no projeto. É na história da senadora que já me inspirava quando ainda vendia coco na beira-mar. É na ideia de um PT mais coletivo, mais popular, mais honesto com sua base.

Sigo aqui, sem medalhas, sem cargo, sem holofote. Mas sigo inteiro. E isso basta.

Uma boa festa para todos e todas.
Eita, hoje é dia 13! Viva o dia 13!
13 é 13, né? É 13, é 13, é 13, é 13, é 13, é 13, é 13!
Nós somos 13.

Fernando Kabral
Olinda, 13 de junho de 2025 – 19h42

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