Sem querer entrar na polêmica da camisa vermelha… e já entrando.
Sem querer entrar na polêmica da camisa vermelha… e já entrando.
Desde ontem, a internet não fala em outra coisa: a suposta camisa vermelha da Seleção Brasileira. É importante destacar que, até o momento, **não houve nenhum anúncio oficial da CBF nem da Nike**. O que existe são especulações baseadas em vazamentos, principalmente de sites especializados como o Footy Headlines.
A informação que circula diz que essa camisa faria parte da campanha da CBF contra o racismo no futebol, com o vermelho simbolizando o sangue e a resistência. Seria um terceiro uniforme, possivelmente lançado em 2026, com direito até ao logo da Jordan substituindo a Nike. Mas, nada disso está confirmado oficialmente.
A escolha do vermelho, no entanto, parece estar diretamente ligada à parceria com a Jordan Brand, uma linha da Nike que opera de forma independente e carrega o nome de Michael Jordan, ícone do basquete mundial. O vermelho é uma cor emblemática da marca, especialmente por causa do primeiro tênis Air Jordan, que trazia detalhes nessa tonalidade. Essa estratégia de marketing ousada busca atrair novas gerações de torcedores e reforçar a presença global da Jordan Brand no futebol.
De acordo com o próprio estatuto da CBF, os uniformes devem seguir as cores da entidade (verde, amarelo, azul e branco), e mudanças como essa só poderiam acontecer em edições comemorativas e com aprovação formal da diretoria.
Agora, ENTRANDO NUMA OPINIÃO PESSOAL: eu, pessoalmente, não gosto da ideia de ver a cor vermelha associada a espetáculos esportivos, especialmente porque sei como esse tipo de apropriação simbólica pode gerar distorções. NO ENTANTO, PRECISO ADMITIR QUE AS IMAGENS VAZADAS DA SUPOSTA CAMISA MOSTRARAM ALGO IMPRESSIONANTE: O DESIGN NO PEITORAL MASCULINO FICOU SENSACIONAL, COM UMA ESTÉTICA VIRIL E MÁSCULA QUE, VISUALMENTE, É DIFÍCIL IGNORAR.
Nos governos de Fernando Collor de Mello e, mais recentemente, do inelegível, a bandeira nacional e a camisa da Seleção foram sequestradas como símbolos políticos de governo passado, e não como símbolos do povo. Nós, do campo da esquerda, usamos o vermelho com consciência: ele representa a luta, a vida, a justiça social — e até a palavra "Brasil" carrega o vermelho no som e no sangue da história.
Ver o nosso vermelho do coração — o vermelho da luta — sendo usado como estética esportiva, sem o devido respeito ao seu peso simbólico, me incomoda profundamente. Mas isso é só uma opinião pessoal. E, como toda opinião, não fecha debate — apenas soma à reflexão.
Fernando Kabral
Olinda, 29 de abril de 2025 11:30
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