SENSO CRÍTICO NÃO SE ENCAMINHA: SE CONSTRÓI Reflexões sobre o ato de compartilhar conteúdo nas redes e a urgência de uma comunicação consciente no campo político-partidário. Por Fernando Kabral
SENSO CRÍTICO NÃO SE ENCAMINHA: SE CONSTRÓI
Por Fernando Kabral
Reflexões sobre o ato de compartilhar conteúdo nas redes e a urgência de uma comunicação consciente no campo político-partidário.
Vivemos em tempos acelerados, em que o simples toque de um botão pode fazer uma mensagem cruzar o país — ou o mundo — em segundos. Mas nem tudo que circula deve ser repassado. Há muitos anos, eu decidi não ser apenas mais um “mero compartilhador” de conteúdos que passam pelas redes, especialmente em grupos de WhatsApp e Telegram.
Não aperto o botão de encaminhar por impulso, como se minha mente fosse apenas um atalho de celular.
Antes de qualquer coisa, eu leio. Checo. Penso. Retempero. E, acima de tudo, coloco meu ponto de vista. Só depois, se fizer sentido dentro da minha leitura crítica do mundo, é que compartilho.
Porque compartilhar sem reflexão é agir como se a gente não tivesse filtro, nem história, nem consciência crítica.
É se transformar num reprodutor automático de discursos alheios — muitos deles duvidosos, enviesados ou simplesmente despolitizados.
E o que mais me incomoda é ver isso acontecer dentro do meu campo político-partidário.
Gente com discurso afiado, mas com o dedo frouxo no compartilhamento. Encaminha qualquer coisa, desde que a manchete tenha “cara de aliada”.
E assim, de clique em clique, vamos empurrando mais do mesmo, sem alma, sem contexto, sem construção.
Esse tipo de prática não fortalece a luta. Ao contrário, ela fragiliza o debate, desarma a crítica e esvazia o campo da comunicação.
> Pra mim, a comunicação é campo de disputa. E quem só repete sem pensar, já perdeu antes de começar.
Fernando Kabral
Olinda, 13 de abril de 2025 – 23h40
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