Nota Pública – Análise das Mudanças nos Patrocínios da CBF entre Dois Mil e Vinte e Quatro e Dois Mil e Vinte e Cinco - WhatsApp



Nota Pública – Análise das Mudanças nos Patrocínios da CBF entre Dois Mil e Vinte e Quatro e Dois Mil e Vinte e Cinco

A Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, passou por um período de muitas mudanças entre os anos de dois mil e vinte e quatro e dois mil e vinte e cinco, especialmente em sua carteira de patrocinadores. Essa transição gerou rumores de crise, mas ao analisarmos com calma e profundidade os dados disponíveis, é possível entender com mais precisão o que de fato aconteceu.

Perdas de Patrocinadores

Durante esse período, a CBF perdeu sete patrocinadores importantes, entre eles: Mastercard, Pague Menos, GOL Linhas Aéreas, TCL Semp, Neoenergia, Binance e Riachuelo. Segundo especialistas de mercado, cada patrocinador de médio porte contribuía com valores entre vinte e cinco milhões e trinta milhões de reais por ano.

Se considerarmos uma média de vinte e sete milhões e meio por patrocinador, multiplicando por sete, chegamos a uma estimativa de perda total de cento e noventa e dois milhões e quinhentos mil reais por ano.

Novos Contratos e Renovações

Por outro lado, a CBF também fechou novos contratos e renovou parcerias de grande impacto. O contrato mais expressivo foi com a Nike, que renovou seu vínculo com a CBF até o ano de dois mil e trinta e oito. O valor mínimo desse contrato é de cem milhões de dólares por ano, o que equivale a mais ou menos seiscentos e oito milhões de reais, podendo chegar perto de um bilhão de reais por temporada, considerando os bônus de vendas e royalties.

Outro destaque foi o contrato com a Betano, empresa de apostas esportivas que passou a patrocinar a Série A do Campeonato Brasileiro. O valor do contrato gira entre setenta e oitenta milhões de reais por temporada, com duração de três anos.

Além disso, a CBF manteve parcerias importantes com marcas como Itaú, Guaraná Antártica da Ambev, Vivo e Cimed. A Cimed, inclusive, renovou seu contrato em março de dois mil e vinte e quatro, com investimento de cem milhões de reais distribuídos ao longo de quatro anos. Esse contrato contempla tanto a Seleção Masculina quanto a Seleção Feminina.

Comparativo de Receitas

Vamos agora ao comparativo de receitas de patrocínio:

No ano de dois mil e vinte e dois, a CBF arrecadou quinhentos e sessenta e sete milhões de reais com patrocínio.

No ano de dois mil e vinte e três, essa receita caiu para quinhentos e vinte e sete milhões e novecentos mil reais.

Já em dois mil e vinte e quatro, com o novo contrato da Nike e outros acordos, a projeção da receita é de aproximadamente um bilhão de reais.

Ou seja, mesmo com a perda de patrocinadores importantes, a CBF aumentou significativamente sua receita de patrocínio, com um saldo positivo estimado em até quatrocentos e setenta e dois milhões e cem mil reais a mais em relação ao ano anterior.

Conclusão

Apesar do barulho gerado pela saída de patrocinadores tradicionais, a verdade é que a CBF conseguiu se reposicionar comercialmente. A perda estimada de cento e noventa e dois milhões de reais foi mais do que compensada com a entrada de novos contratos, que somados podem ultrapassar um bilhão de reais por ano.

É importante compreender que trocas de patrocinadores são comuns no mercado esportivo. O mais relevante é o saldo final – e esse saldo, neste caso, foi extremamente positivo para a entidade que comanda o futebol brasileiro.

Esse tipo de análise é fundamental para que a gente não se deixe levar apenas por manchetes ou recortes. A informação precisa ser completa, contextualizada e baseada em dados concretos.

Fernando Kabral
Olinda, vinte e nove de abril de dois mil e vinte e cinco
fernandokabral13

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