A Honra de Cumprir a Palavra: Gratidão ao Seu Zé e à Tia Lu, mais que um Ventilador: Quando a Palavra Pesa no valor da confiança.
A Honra de Cumprir a Palavra: Gratidão ao Seu Zé e à Tia Lu, mais que um Ventilador: Quando a Palavra Pesa no valor da confiança
Acredito que tenha sido em meados de janeiro de 2025 que um dos ventiladores daqui de casa apresentou defeito. Levei para o seu Zé e para a tia Lu, um casal de aposentados que trabalha com manutenção de ventiladores. Eles têm um pequeno comércio que ajuda a complementar a aposentadoria. São pessoas por quem tenho grande respeito e admiração.
Na época, eu estava prestando serviços – por meio de um contrato verbal – para a Orquestra Tom Maior. Um contrato que, até então, eu acreditava ser firmado entre pessoas que assumem suas responsabilidades e cumprem com a palavra dada. Já estamos em abril.
Fiz um acordo com o contratante, o senhor André Ferreira, um acordo amigável, inclusive aconselhado por advogados, justamente para evitar a judicialização do período trabalhado. Desde então, venho ouvindo desculpas e mais desculpas. A mais recente é de que ele ainda não recebeu da Prefeitura, e por isso, também não efetuou o pagamento referente ao meu serviço.
Por conta disso, deixei de honrar alguns compromissos financeiros pontuais, pequenos, mas simbólicos. Deixei de pagar amigos e amigas que, com generosidade, me emprestaram valores modestos, mas que foram essenciais para a minha subsistência enquanto estive à frente da comunicação da Orquestra Tom Maior.
Entre essas pendências, estava o pagamento ao seu Zé e à tia Lu, que nem sequer esperaram para receber. Me entregaram o ventilador consertado, e já venho utilizando há bastante tempo. O que faltava era o pagamento. E, durante todo esse tempo, isso me deixou apreensivo, angustiado, por não ter cumprido com a minha palavra.
Agora, em abril, graças à contribuição generosa de companheiros e companheiras, posso finalmente cumprir esse compromisso. E não é pelo dinheiro em si. É pela honra. Pela confiança que essas pessoas depositaram em mim. E eu não posso decepcioná-las.
Obrigado, seu Zé. Obrigado, tia Lu, por confiarem em mim.
Obrigado aos companheiros e companheiras que contribuíram para que isso se tornasse possível.
A palavra de um homem vai além de contratos e valores. Ela permanece.
E eu sigo no aguardo – quem sabe, talvez um dia – de receber o restante do valor acordado, de forma amigável, pela contratante que, até aqui, segue em silêncio.
Fernando Kabral
12 de abril de 2025
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