1º de Maio: O Trabalho que É Coletivo, Também No Afeto Trabalhar o afeto é tão importante quanto trabalhar o pão. #trabalhador #afetodigital #comunicaçãohumana #1demaio #fernandokabral13 #fernandokabral


1º de Maio: O Trabalho que É Coletivo, Também No Afeto  
Trabalhar o afeto é tão importante quanto trabalhar o pão.

Em pleno século 21, com toda essa tecnologia, inteligência artificial, redes sociais e comunicação instantânea, ainda é difícil entender o comportamento frio de algumas pessoas no mundo virtual. O que era para ser ponte, aproximação, cuidado, muitas vezes vira silêncio, descaso, ausência.

A gente aceita solicitações de amizade, dá boas-vindas com respeito e acolhimento, mas recebe de volta o quê? O vácuo. O silêncio que diz sem palavras: “não estou nem aí pra você.” Pode até ser direito da pessoa não responder, mas também é direito meu sentir. Sentir que aquilo ali não é encontro, é desencontro. E isso, pra quem ainda acredita no afeto digital, machuca.

Recebo vários pedidos de amizade no Facebook. Analiso um por um. Quando aceito alguém, espero ao menos um "obrigado", um sinal de humanidade. Mas é cada vez mais raro. E o mais triste: as pessoas parecem nem perceber a frieza que estão reproduzindo. Como se a tela justificasse a falta de resposta.

E não sou de agora... São 15 x 4 anos de vida. E ainda assim procuro estar na virtualidade o mais próximo da realidade possível. Não posso permitir que as máquinas nos unem, são as mesmas que nós separem. Que a frieza dos equipamentos dite como vou me comportar dentro ou fora da rede. Somos seres humanos. Somos emoção. Somos calor. E é assim que quero continuar sendo.

Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, aproveito para lembrar: trabalho é também um ato coletivo, de partilha, de cuidado com o outro. É quase uma religião — (deus com d minúsculo) — um compromisso com algo maior, com um mundo melhor, com o que é comum.

Na imagem que acompanha esse texto, três pessoas aparecem: uma em cima, outra no meio, outra mais abaixo. A de cima estende a mão para a do meio. A do meio estende a mão para quem está embaixo. Isso me representa. Representa o que acredito. Representa a rede que quero construir. Onde ninguém solta a mão de ninguém. Nem no real, nem no virtual.

Fernando Kabral  
01 de maio de 2025 – 06h12  
#trabalhador #afetodigital #comunicaçãohumana #1demaio #fernandokabral13 #fernandokabral  

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