NÃO ADIANTA LATIR ATRÁS DO PORTÃO SE NÃO TIVER DISPOSIÇÃO QUANDO ELE ABRIR QUEM TEM BOCA FALA O QUE QUER – E QUEM TEM PODER VENDE O QUE NÃO PRESTA
NÃO ADIANTA LATIR ATRÁS DO PORTÃO SE NÃO TIVER DISPOSIÇÃO QUANDO ELE ABRIR
QUEM TEM BOCA FALA O QUE QUER – E QUEM TEM PODER VENDE O QUE NÃO PRESTA
Vivemos num tempo em que a mentira é algoritmo e a verdade não gera clique. As plataformas que dominam o mundo — aquelas que conhecemos como redes sociais — operam sob uma lógica fria: o que viraliza vale, o que choca vende, o que indigna engaja. E assim, quem tem boca fala o que quer, sim, mas só é ouvido quem diz o que convém ao sistema.
O discurso de ódio virou moeda digital. Vídeos manipulados, falas distorcidas, frases de impacto tiradas de contexto circulam como verdades sagradas. Enquanto isso, quem denuncia, alerta ou pede cautela é tachado de radical, exagerado ou censurador.
O problema maior nem são os autores dessas barbaridades, mas as plataformas que as hospedam, promovem e lucram com elas. TikTok, Instagram, Facebook, YouTube... todas sabem exatamente o que estão fazendo. Seus algoritmos não são neutros, são ferramentas de propaganda involuntária para quem grita mais alto — mesmo que grite mentira.
E os senhores das redes? Chamam isso de liberdade de expressão.
Liberdade de expressão não é liberdade para manipular, mentir, matar em nome de ideias fabricadas. Não é liberdade quando a mentira ganha status de verdade enquanto a verdade é silenciada por não ser "comercialmente viável". O sistema, do jeito que está, não apenas permite — ele incentiva e monetiza esse jogo sujo.
E é assim que o ciclo se repete: a cada novo escândalo, a cada vídeo criminoso travestido de opinião, há um algoritmo por trás — ajustado, calibrado e treinado para multiplicar o impacto do veneno.
Um dia, os deuses digitais — Google, Meta, TikTok, X — terão que responder diante da história. Por enquanto, o marco regulatório ainda engatinha, e a justiça anda de muletas. Mas o povo que morre, que sofre, que é calado pelas balas e pelo silêncio cúmplice... esse, já está pagando a conta faz tempo.
Nós escrevemos. Nós gritamos. Nós registramos. Unir para avançar.
Que fique aqui, no altar virtual do Google, o testemunho da nossa indignação.
Fernando Kabral
10 de maio de 2025
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